Adaptação escolar
Após uma pesquisa, perguntas aos
conhecidos, vizinhos, familiares, matrícula feita e agora chegou o grande dia.
Após 9 meses de gestação, outros meses grudadinhos após o nascimento, é hora de voltar ao trabalho e deixar o
ser mais amado aos cuidados de alguém que nem conheço direito. Nunca imaginei
que seria tão difícil para mim.
As avós trabalham, não tenho a
mesma sorte que minha avó teve de poder contar com sua mãe dela para cuidar do
seu bebê enquanto ela trabalhava.
Ninguém entende. De um lado, família e amigos cobram que eu fique com o bebê;. De outro o desejo em deixar meu filho crescer mais um pouco. Ainda há a cobrança para retornar ao trabalho após o período de licença maternidade.
Ninguém entende. De um lado, família e amigos cobram que eu fique com o bebê;. De outro o desejo em deixar meu filho crescer mais um pouco. Ainda há a cobrança para retornar ao trabalho após o período de licença maternidade.
Ele é tão pequeno. Se eu pudesse, contrataria alguém para cuidar
dele em casa.
Dependo de uma creche para voltar ao meu
trabalho, mas a minha vontade é deixar tudo para cuidar do meu pequeno.
Mas chegou a hora. Estou aqui sentada na creche e ansiosa para que o tempo passe. Ouço choro do meu bebê, mas é assim mesmo.
A primeira semana passa tranquilamente.
Antes do fim do período de
adaptação, na chegada ele já pula para o colo da educadora, dou um beijinho de
despedida e os meus olhos se enchem de lágrima quando dou tchau para ele e ele nem me olha.
Parece que ele não gosta de mim.
Ah, se eu pudesse...
Arrancaria ele das mãos da
educadora
Levaria meu filho de volta para
casa
Telefonaria para a empresa
pedindo demissão
Mas não posso.
Vou chorando pelo caminho
Sei que meu bebê está bem. Ele
está adaptado.
Mas eu não.
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