Sobre bagagens

Em 2010 após participar de um Congresso em São Paulo, cheguei no aeroporto, despachei a minha mala, embarquei, mas após o desembarque no Santos Dumont - Rio de Janeiro, fui informada de que a minha mala havia sido extraviada.

Fiquei muito chateada por lembrar das minhas roupas, além de tanto material que juntei durante o Congresso (livros, brindes, certificados etc). Tudo ficou na mala. E agora? 


Após os procedimentos burocráticos, com as mãos abanando segui para casa com o sentimento de falta e de alívio. 
Achei muito estranha a confusão de sentimentos. Quando percebi que o sentimento de alívio era mais forte, me questionei:
- Porque estou aliviada se perdi todas as minhas coisas?
Não encontrava resposta, mas lembrei de quanto a mala estava pesada.
Na vida acontece igual, acumulamos coisas, pessoas e sentimentos nocivos e na hora que nos damos conta, estamos aprisionados pelo nosso apego.
A mala não apareceu e eu descobri que assim como achava que não poderia viver sem ela, essa experiência me fez perceber que só não posso viver sem mim.
As vezes precisamos perder as bagagens  para enxergar e priorizar o que realmente importa.

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