Ela só quer ficar no celular

Durante a brincadeira com os filhos, no banheiro, em reuniões, cultos religiosos...
Hoje em dia o uso dos Smartphone tem sido tão frequente até mesmo nos momentos menos indicados de modo que, se na hora da refeição as pessoas tiverem de escolher talheres ou celular, muitas comeriam com as mãos, mas não largariam o celular.
Quando questionada sobre seu dever de casa uma criança desabafou reclamando da mãe:

"Ela só quer ficar no celular! Eu não sei ler!Mas ela só quer ficar na internet, por isso não fiz o dever.Ela só fica mandando mensagem, mensagem e mensagem."
Não sei se poderia achar normal se fosse uma criança de 10 ou 12 anos, muito menos de uma criança de 4 anos.
Quando ouvi essa história, pensei no nível de adoecimento dessa mãe e das perdas decorrentes de sua adicção pela internet.
A criança já observou que o comportamento de sua mãe e demonstra insatisfação a ponto de externar isso para a professora da creche. Parece que na vida de sua mãe, o telefone está ocupando  um lugar que deveria ser seu.
Ouvindo o discurso dessa criança chego a conclusão de que realmente sua mãe precisa de ajuda, mas se essa ajuda não chegar, em breve será a criança que precisará de ajuda. 
Essa mulher não é a única, infelizmente a cada dia vemos diversas pessoas que são capazes de tudo para ficarem conectadas. Quando chamados atenção para a situação, logo dizem que ficam pouco tempo entre outras desculpas.
Quem acha que a dependência química é diferente da dependência tecnológica está mal informado, pois elas são basicamente tratadas da mesma forma. 
Como em qualquer dependência, o primeiro passo para a sobriedade é admitir que se está doente. Infelizmente assim como outras dependências, a tecnológica só é percebida pelo adicto após o acúmulo de prejuízos. Daí entra a função das pessoas que convivem com os adictos.
É importante que observem o comportamento, informem-se, instrumentalize-se  para que possam ajudá-los no tratamento.
Decidi escrever este texto como um alerta aos pais para que apesar do tempo e das longas jornadas de trabalho, que cultivem o tempo de qualidade com seus filhos para que dessa forma, não se deixem roubar pelo excesso do uso da tecnologia.

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