Sobre ansiedade e depressão

Começo o texto esclarecendo que não pontuarei a definição de ansiedade, muito menos de depressão.

Escrevo para relatar uma experiência pela qual passei e que acho que, cabe muito bem na temática.

Atendi uma cliente que me procurou por algumas questões e, quem me conhece profissionalmente, sabe que adoro usar analogias em meus atendimentos. Eles ficam mais didáticos e funcionais já que observo que, as histórias ficam impressas na memória dos meus clientes.

Meu papel como psicóloga ás vezes é o de alguém que acende uma vela para que meus clientes possam enxergar com clareza o que eles perderam ao longo dos anos.

Perguntei a cliente, se e a dirigia. Com a resposta positiva, perguntei o que faria se seu carro fosse atolado na lama.

Ela disse que aceleraria aos poucos e devagar após passar a primeira marcha.

- O que aconteceria se você acelerasse desesperadamente?

- O carro iria atolar mais. Respondeu.

- E o que você está fazendo? Contei a minha história de quando atolei o carro na lama. e continuei. Você entrou com seu carro na lama, está acelerando e se lamentando pela sua situação ou fazendo como me disse que faria?


Será que agora adiantaria se culpar pelo ocorrido? Respire profundamente e acelere devagar. 

Use o seu saber.Você tem plenas condições de sair de onde está quando quiser. 

Ela entendeu bem o recado e sorriu. Sabe que, ao contrário do que pensava até a pouco tempo que o que não conseguir sozinha, pode pedir ajuda.

A gente, digo principalmente as mulheres temos o hábito nocivo de ficar nos cobrando, nos condenando...

A noite me pego com alguns pensamentos ansiosos e digo para mim.

Relaxa, respira e acelere bem devagarinho. Se você não conseguir, tem um monte de gente que adoraria te ajudar. É só pedir ajuda!

Como ouvi uma colega falando esses dias, não é porque somos profissionais da saúde mental e fazemos terapia que não temos nossas questões.

Ana Helena Augusto de Souza





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