Será a tecnologia a vilã da atualidade?

As colegas no trabalho conversavam. Uma se queixava de sua dificuldade atual em ler livros como fazia  antigamente.
Dizia ela: - Eu pegava os livros do Harry Potter e os devorava em pouco tempo e olha que são livros grossos. Comprei dois cursos online e não comecei, comprei um livro no final do ano e estamos no final de maio e ainda não cheguei nem na metade, mas o livro é muito bom. A Netflix então sou capaz de assistir uma série inteira em um só dia. Tudo o que eu faço em casa é assistindo TV.
O assunto começou quando ouvimos que na reunião de pais de uma escola vizinha, o celular era um dos assuntos da pauta.
- Na minha época eram poucas as crianças que tinha celular e computador, mas hoje todos têm, por mais pobre que seja a família. Fica difícil para os professores competirem com os celulares. Afirmou uma delas.
Calada, eu só refletia. A TV é conhecida como babá eletrônica. Foi e ainda é vista como uma vilã, como se a mesma tivesse o poder de nos dominar sem que pudéssemos fazer nada.
Além da TV, temos a internet e com ela a Netflix cheia de atrativos com seus filmes e séries com a função de “captura” dos desavisados.
A família e a escola reclamam do excesso de atenção aos aparelhos celulares, falta de foco nos estudos e cada vez mais cedo as crianças estão sendo diagnosticadas com déficit de atenção, curioso não? Porém os próprios adultos que estão, hora olhando para a tela, hora usando as teclas do celular enquanto fazem outras coisas, esquecem de dar o exemplo.

Estamos formando uma sociedade “esquizofrênica”, com licença da palavra, onde cada um vive em seu mundinho de distrações esquecendo de que não estamos sós.
Outro fator a ser considerado é a questão da autorresponsabilidade. Atualmente os atrativos são vistos como culpados pela mudança na sociedade enquanto negligenciamos a nossa responsabilidade..

Para uma sociedade adoecida como a nossa, é mais fácil nos vermos como vítimas do acaso do que aceitarmos o fato de que somos nós que fazemos as nossas escolhas, para o bem ou para o mal.

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