Função cuidadora

Desde sempre a história mostra a mulher com o papel social de cuidadora. Desde menina, eram educadas para casar e cuidar de sua família. As que não se casavam cedo tinham aquelas profissões de cuidado chamadas de “espera marido”: enfermeiras,professoras, com o objetivo de serem preparadas para serem boas esposas e mães. Não é a toa que até hoje, determinadas profissões são majoritariamente exercidas por mulheres.

Essa questão de cuidado é cultural. Qual o público que frequenta reuniões escolares e corredores onde são feitos tratamentos médicos?

Cuidar muitas das vezes não é uma escolha voluntária, mas necessária. Dificilmente vemos um homem deixar o seu trabalho no meio do dia para buscar na escola o seu filho que está com 38º de febre. 
-“O pai não pode buscar, está trabalhando”. Engrossa o coro das professoras e diretoras. Como se o trabalho da mulher fosse inferior a do homem. 
Não vou nem citar as mães solteiras, até porque com raras exceções, solteira ou casada, o filho doente é sempre da mulher.


Com tudo isso o que vemos, são mulheres que têm sido aviltadas pela sociedade e trocado suas vidas pelo papel de “corpos dóceis”, sem vez e sem voz. Seu corpo já não é seu e sua vida foi capturada como um “patrimônio social”.

Desde criança é ensinado que menina obediente cuida das coisas do seu irmão mais velho e ajuda a mãe para depois ter o direito de brincar. Infelizmente internalizamos isso de tal forma que é bem complicado mudar. 

É preciso força de vontade, determinação e ajuda. No começo precisamos fechar os ouvidos para as críticas como o sapinho surdo da história, mas depois com o tempo, conseguimos nos posicionar naquele local de onde nunca deveríamos ter saído, o de prioridade.

Tudo começa em você! 
Mulher, quando você vai reconhecer isso? Do que adianta aplausos, elogios dos vizinhos e até da sogra, se o seu interior está  devastado? 
Essa é a hora de investir em você.

Ana Helena A. de Souza
Psicóloga e Coach
CRP 05/39678

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As 5 lições da garça

Evite o primeiro gole

Vítimas da Síndrome de Alienação Parental