Quem é normal?

Afinal de contas, quem é normal?
O que entende-se como normalidade?
Quando acusamos alguém de não ser normal, o que queremos dizer com isso?
Há certo preconceito nessa conduta.
Deveríamos rever os nossos conceitos, pois por mais que lutemos a favor da igualdade, recusamo-nos a ver uns aos outros como semelhantes.
Será que ser normal é corresponder as expectativas sociais? Ser uma pessoa previsível comprometendo a própria saúde mental?
Alguém revela que ouve vozes e as pessoas tentam invalidar isso a todo tempo. É como se ela dissesse para chamar atenção e tentam convencer que as vozes não são reais. Como não são? Ela experimenta a sensação auditiva. Não podemos negar algo que está no outro.
Quando alguém fala que as vozes não existem, costumo perguntar: Se você visse alguém na rua com fone no ouvido dançando, o que você diria? A resposta quase sempre é que a pessoa está ouvindo uma música bem animada.
Quem garante que tem alguma música tocando? Só quem vive a experiência pode afirmar ou negar a sua existência. Acreditar ou não é uma escolha que fazemos, mas isso não mudará a realidade do outro.
Como posso identificar uma pessoa louca?
Uma vez fiz essa pergunta no grupo  de pacientes psiquiátricos que eu mediava no CAPS e as respostas foram interessantes:
- Louco é quem não tem o controle sobre a sua própria vida”
- O louco agride os outros.
- Louca é uma pessoa que sabota o seu próprio tratamento deixando de tomar os medicamentos.
De acordo com o dicionário, louco é aquele cujos atos e palavras parecem extravagantes, que perdeu a razão, pessoa ou coisa dominada por uma emoção intensa.
Se considerarmos literalmente o significado da palavra LOUCO, serão poucas as pessoas que poderão ocupar o posto de ‘pessoa normal’.


Por um mundo onde o respeito e o amor ao próprio sejam infinitamente maiores que o preconceito.
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Ana Helena A. de Souza
Psicóloga e Coach
CRP 05/39678
Instagram: ahelena_psicoach

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